Há alguns anos participei de um debate sobre religiões. Estavam presentes defensores da igreja Católica Romana, Evangélicos, Espíritas, Testemunhas de Jeová, Adventistas, Messiânicos, adeptos da Fé Bahá’í e da Seicho-No-Ie. Havia crenças para todos os gostos.
Questões foram levantadas e cada um dos representantes teve alguns minutos para “fazer sua oferta”, inclusive eu. Todos deveriam ter a mesma oportunidade, afinal “não são muitos os caminhos que levam a Deus?”. O debate acabou muito bem, pois todos (ou pelo menos quase todos), saíram felizes crendo que o importante é ter uma religião, mesmo que as diferenças entre elas sejam astronômicas e absolutamente incompatíveis. Tudo em nome da “fé”.
Segundo o site adherents.com, existem mais de 4000 religiões instituídas em todo o mundo. Esta quantidade incrível é também expressa na variedade de crenças e rituais encontrados nestas religiões. Há crenças que são milenares, outras, no entanto, foram criadas há menos de um século. Há adoradores do sol, de ratos e de OVNIs. Líderes homens, mulheres e, porque não, homossexuais. Personagens que influenciaram bilhões, e lunáticos que não possuem sequer uma centena de adeptos. Há ainda aqueles que prestam cultos a imagens, à natureza e a seres humanos. Diante destes fatos, não há dúvida de que, se você não tem religião, não é por falta de opção. Não é à toa que estatísticas mostram que 86% da população mundial tem algum tipo de fé, crença ou religião.
Mas, o que dizer de tudo isto? Será que podemos considerar esta variedade algo normal? Acredito que a maioria afirmaria que sim (aliás, esta foi a tônica do debate que participei), cada um tem o direito de acreditar no que quiser, isto é “saudável”. Devemos apelar à “tolerância”, e não ao radicalismo religioso, um sinônimo de ignorância. Afinal o que dizer das cruzadas, da inquisição, do terrorismo islâmico, entre tantos outros extremismos? A intolerância religiosa não pode ser aceita em nossos dias. Afinal, somos seres intelectualmente “evoluídos”. Para ser sincero, considerando-se que vivemos em um mundo pós-moderno (no qual prevalece o relativismo), não há dúvidas de que podemos dizer que esta variedade de “fés” é perfeitamente aceitável. E, neste contexto (humanista), o importante é que nos “sintamos bem” onde estamos (como afirma boa parte dos religiosos), pois, para que serve a religião senão para nos satisfazer?
Entretanto, uma pergunta me vem à mente: E Cristo? Onde Ele se encaixa neste quadro? Será que devemos rever o que Ele ensinou a Seu respeito? O que dizer de Sua palavra: A Bíblia? Serão seus escritos ultrapassados? Apenas mitos de iletrados e inocentes? E se Cristo estivesse vivendo em nosso tempo? Quais seriam as notícias sobre Ele? Não estaríamos exagerando se disséssemos que O considerariam como a imagem viva da intolerância. Sem sombra de dúvida, se formos sinceros e considerarmos atentamente o que Jesus e as Escrituras Sagradas afirmam, Cristo seria o ícone do radicalismo religioso. Basta olharmos para o que afirma Sua palavra a respeito dEle mesmo:
“Deus amou o mundo de tal maneira que deu se filho unigênito (Cristo) para que todo aquele que nEle (Cristo) crê não pereça mas tenha a vida eterna. Quem não crê (em Cristo) já está condenando” João 3:16 a 18. “Eu (Cristo) sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por Mim”. João 14:6. “Sem Mim (Cristo) nada podeis fazer”. João 15:5. “Em nenhum outro (além de Cristo) há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos”. Atos 4:12.”Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual se deu a si mesmo em resgate por todos, para servir de testemunho a seu tempo”. I Timóteo 2:5 e 6.
Uau! Isso sim é intolerância! A questão é: Como reler afirmações como estas? “Não é bem assim!” Alguns exclamarão. “E todas as outras religiões? O que fazer com elas?” A Bíblia nos oferece as respostas. O primeiro erro é comparar Cristo à religião. Jesus não é mais uma dentre as milhares de opções existentes. Ele é a única opção. Afirmar que Ele foi somente um grande líder é mais um equívoco. Ele não é mais um fundador de uma crença. Ele é o único caminho. Outro dado é que Jesus também não é homem para que minta, como todos os demais inventores de rituais, rezas, mantras, orações, ladainhas, igrejas, templos, sinagogas, mesquitas, mosteiros, etc. Ele é Deus.
“O que são, então, as outras crenças?”. A Palavra dEle, Jesus, responde: “Não terás outros deuses diante de Mim. Não farás para ti imagens de escultura nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque Eu sou o Senhor teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem”. Êxodo 20:3 a 5.
“Reconhece pois hoje; e considera no teu coração que o Senhor é o único verdadeiro Deus, desde o alto do céu até o mais profundo da terra, e não há outro”. Deuteronômio 4:39. “Os ídolos (imagens de escultura) deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Tem boca mas não falam; tem olhos mas não veem; tem ouvidos mas não ouvem; nariz tem, mas não cheiram. Tem mãos mas não apalpam, tem pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem, e todos os que neles confiam”. Salmo 115:4 a 8.
“Há caminho que parece direito ao homem, mas afinal são caminhos de morte”. Provérbios 16:25. “Eu sou o Senhor, este é o meu nome; Eu não darei a outro a minha glória, nem consentirei que se tribute aos ídolos (imagens de escultura) o louvor que só a Mim pertence”. Isaías 42:8. “…nada sabem e nada entendem os que carregam em procissão as suas imagens de escultura, e fazem súplicas a um deus que não pode salvar”. Isaías 45:20.
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina (o evangelho de Cristo); mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas”. 2 Timóteo 4:3 e 5. “Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador…”. Romanos 1:21 a 25. “E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade”. 2 Tessalonicenses 2:11 e 12.
É isto o que Deus tem a dizer sobre os “outros caminhos”. Eles são falsos, são o oposto da verdade, que é Cristo. Não é preciso ser um profundo conhecedor de religião para concordar que Cristo é mesmo um intolerante.
A pergunta é: O que fazer diante da intolerância de Cristo? Certa ocasião, o apóstolo Paulo, um intolerante e radical seguidor de Cristo, ao encontrar várias pessoas de diversas religiões, prestando seus cultos, no que parecia ser uma grande reunião ecumênica, observou: “Então, Paulo, levantando-se no meio do Areópago, disse: Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos”. Atos 17:22. Havia muitos religiosos naquele local. Cada um acreditava no que queria, e todos eles pensavam que estavam certos em seus caminhos. Todavia, Paulo foi direto com eles: “Ora, Deus não levando em conta os tempos da ignorância; agora, porém, manda aos homens que todos, em toda parte, se arrependam”. Atos 17:30. O que Paulo disse para aquelas pessoas continua sendo verdade até hoje. Nós não precisamos de uma religião. Nossa necessidade é Cristo. E isto implica em reconhecermos que somos pecadores, arrependendo-nos e recebendo o sacrifício dEle na cruz, feito por amor e de graça, para perdão e remissão de nossos pecados. Esta é a única verdade.
Se esta é a 1ª vez que você lê isto, você não pode mais dizer que é ignorante quanto à verdade. Somente Cristo, através de Sua morte e ressurreição, pode levar a humanidade a Deus. Sua religião, seja ela qual for, não pode fazer nada por você, a não ser tirá-lo do foco que é Cristo.
Esta é a verdade sobre as religiões. Para o mundo Cristo é intolerante. Para aqueles que nEle creem, entretanto, não há nada mais maravilhoso do que ter este “intolerante” como Senhor e Salvador. Espero que você creia nEle.